segunda-feira, 22 de junho de 2015

Carta de Intenção

Disseram-me recentemente que estava muito apático. Apatia... Um sentimento inevitável, depois de tanto se importar com pessoas que não poderiam ligar menos para você.

Eu poderia citar a sapatilha preta, com brilhantes, em cabelos caracóis, que depois de dançar, me vira às costas em um tom de desprezo. Poderia também enumerar os últimos dois anos em que importar demais foi exatamente o meu problema, onde essa importância foi explorada, depois arrancada à força, por duas meninas diferentes, destruindo toda a vontade de me sentir alguém para alguém.

Não deixe que a pele macia e o sorriso singelo te distraiam: toda carcaça possui uma alma. Esta alma, como todas as outras, possui um lado obscuro. 
E quando o lado obscuro é descoberto, você perde uma parte clara da sua própria alma.

Isso acontece muito em filmes. Mas me impressiona ainda mais a quantidade de vezes que já vi ao meu redor, principalmente comigo.

Fico pensando e cheguei a uma conclusão: Se tem medo de descobrir o lado obscuro, não se envolva. Caso seja inevitável, esteja preparado para descobrir coisas nas quais não vai gostar.

A vontade de não me envolver e seguir a linha fútil de raciocínio de homens de 16 a 30 anos de idade, da de apenas utilizar pessoas feito objeto, é quase nula. Mas ser como sou me faz sentir muitos sentimentos contrários do esperado.

Talvez as pessoas sejam mesmo como objetos. Porém, diferente de bonecos, estes possuem sentimentos, e a maioria deles envolve a de brincar com os outros.


Não da forma divertida, é claro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário