quinta-feira, 19 de junho de 2014

O artista

Todos me perguntavam quem era o artista? Era difícil definir sua personalidade, mas era tão fácil vislumbrar o seu sorriso. Mesmo o tempo, não conseguiu tirar toda a sua poesia ou sua forte capacidade de não fazer nada enquanto não fosse a hora de fazer alguma coisa.
Alguns artistas poderiam tentar a glória, o dinheiro, a fama, porém esse artista não era tão ousado, mas sua cara já dizia, ele era um homem de muitos feitos, isto é, feitos pequenos, mas ou mesmo tempo, grandiosos.
Esse grande artista vivia em uma casa com 20 pessoas, alguns eram amigos, outros irmãos de sangue, mas eu lhes digo, que todo artista em seu inicio, é contestado, mas não esquecido. Seus amigos e familiares, perguntavam para ele:

''Por que você é tão estranho?''
''É um problema que você tem?''

De tanto contestarem, o artista adoeceu, em sua poltrona, que se localizava em frente a uma janela que dava vista para os carros, industrias e as vezes a lua.
As pessoas passavam e olhavam para aquele homem vegetando, as crianças jogavam ovos pela janela e riam. O tempo passava, o mundo mudava, e seus amigos e familiares tentavam entender a cabeça desse artista?

''A cabeça do artista não era complexa, pois artista andava sozinho, ouvindo um piano tocar, sem saber onde ele realmente esta. O artista caminha entre as flores e aprecia o sol. Ele usava seu terno preto, e a sua vigília continuava.''

Um dia o artista se mexeu, olhou ao redor de sua casa e só viu uma empregada, ele pegou um papelão e escreveu a palavra ''Artista'', e no seu pescoço, ele pendurou.

Ouçam, eu vou contar uma breve história...
Sua casa apodreceu, e o tempo o envelheceu, mas sua alma de artista ainda estava lá. Todos que passavam na rua, podiam entrar, pois a velha casa, se tornou um templo, em que as pessoas, vinham meditar, e olhar pela aquela janela com outros olhos.
Olhos de artistas, que não morrem, que saem da TV, que gostam de ver o mundo...
Essa história é a história das histórias de milhares de artistas e seu inicio, pois artista é isso, é ser diferente e as vezes nada especial, é o meio termo.
Essa história foi eternizada, por um tal de Daniel Johnston, em julho de 1982, com um piano e uma voz simples.



domingo, 1 de junho de 2014

Amor que cria

Se poesias não me salvam
O mundo quem dirá
Quem dita se torna ditador
E o anarquista desiste de dançar

O disco vai tocando
E a valsa vai rolando
Mas você está muito ocupado
Pensando que é fraco demais
Para dançar, para viver e sonhar

Negatividade se torna seu nome do meio
E a positividade é esquecida
E onde um dançarino existia
Da lugar a uma pessoa completamente submissa

Mas como fugir das incertezas?
Pense, pule se divirta
E a palavra amor que ainda não foi citada
Foi apenas esquecida
Pois no mundo
Quem dita não cria ou grita
E esquece como é bom amar